domingo, 24 de julho de 2011

Brasil – um povo limitado

Da arte, à política e sociedade.

Não sou crítico de música, cinema, literatura nem de qualquer arte. Mas não me importo, leia se quiser, concorde se quiser, ter uma opinião é que é preciso.

Brasil possui um terreno fértil para a literatura. Com seus escritores do passado, com seus clássicos inesquecíveis ou com os atuais perseverantes que ainda escrevem; mesmo sabendo da esmagadora concorrência estrangeira que toma os poucos que ainda leem nesse país. Mas e na música, no cinema, nos quadrinhos?

É claro que há outras formas de arte, porém aqui apenas escreverei daquelas que fazem parte da cultura popular, ou seja, que abrange a maior parte da população mundial. Mas antes de tecer qualquer comparativo com outras culturas vamos conceitualizar duas coisas, dois tipos diferentes de expressão cultural: a cultura regional e a cultura global. A regional é aquela que é uma no norte, outra no nordeste, outra no sul. É o forró, o samba, o cordel, o sertanejo. A global é aquela que já tomou o mundo todo. O rock, o cinema e os quadrinhos mainstream; até mesmo as músicas descendentes das regionalistas, mas com forte apelo pop (sertanejo universitário por exemplo). Sendo assim, discutiremos aqui apenas a cultura global, pois a regional nem sequer é cabível de critica, pois está mais para uma riqueza histórica do que para uma forma de arte comercial.

Sendo assim, porque o Brasil não está a altura de países como Estados Unidos – quando se fala de cinema, quadrinhos – e Inglaterra – música, principalmente rock. A primeira teoria a surgir na mente é o fator econômico. Sim, este tem um apelo muito forte, mas é difícil entender porque aqui tanta coisa ruim fatura muito, e tão pouco do bom pode-se encontrar por aí. Acredito que se o fator economia fosse o real motivo, estaríamos nós comprando a mídia de baixa qualidade, e a de alto nível estaria as sobras nas prateleiras. Mas não é bem assim.

Talento também não falta, é só assistir uma novela no canal certo para perceber isso. A qualidade de filmagem, fotografia e principalmente atuação, é até maior que muito clássico do cinema estrangeiro, e com certeza é muito maior que as atuais séries de TV americanas.

O problema está na limitação artística intrínseca na alma do artista brasileiro. O maior exemplo disso é a Paula Fernandes, o maior fenômeno atual da música brasileira, com talento abundante, um visível investimento pesado e sucesso estrondoso. Porém, faz músicas de poesia simples, melodias não muito elaboradas; e o pior de tudo, disputando mercado no lixo pop do sertanejo universitário, ao lado de Luan Santana, Bruno e Marrone. Sinceramente, ela estar ao nível destes últimos reflete exatamente o que eu quero dizer com “limitação”. Não há sequer, no Brasil, uma cultura underground, cult, que um jovem possa recorrer para curtir algo novo e bom. Se quiser músicas boas, escute músicas antigas.

Já no cinema, não há nenhum Clint Estwood com sua elegância, ou um Tarantino com sua loucura. Há apenas cineastas produzindo filmes que há muito são mais do mesmo; comédias românticas, um draminha aqui, outro ali. O nosso ultimo grande trunfo foi um filme de ação com grande crítica política e social, retratando a realidade do crime no país. Algo como The Godfather fez muito melhor nos anos 70. Por último, Cisne Negro – embora não tenha sido tudo aquilo que a mídia apontava, como sempre – é lançado em 2010, e um ano depois o Brasil lança Bruna Surfistinha. É claro que a comparação entre estes filmes não é válida, é até covarde, mas a confrontar mercado com mercado é uma questão importante quando se fala de criar no Brasil um cenário rico em criatividade, expressividade e qualidade. Faturamento já se tem.

O fato de Estados Unidos e Europa serem uma potencia econômica, e a produção artística ser muito mais rentável, para mim não é vantagem. Quem quer escrever, ser músico ou fazer filmes no país tem que ser muito apaixonado, pois é uma empreitada quase impossível para quem não tem padrinho, ou não é de família rica. Enquanto isso, no exterior vemos tanto incompetentes atraídos pelo dinheiro, e não pela arte.

Mesmo com o fator economia, conseguimos produzir tanto. Porém, o Brasil é limitado, é pop demais, e isso até que não seria problema se alguém pelo menos criasse algo diferente.

Dalai Lama, em um de seus livros escreveu que para mudar o mundo, primeiro temos de mudar nosso interior, o que gerará um melhor ambiente familiar, e assim por diante o bem se expandiria em proporções imensuráveis. Pois bem. Eu vejo que a maior ferramenta de mudança de nosso interior é a arte. A arte emociona, trabalha nosso lado humano, critica, nos faz ver como o mundo é ao nosso redor de uma maneira que às vezes não vemos sozinhos.

Sendo assim, como vamos progredir como sociedade se nossa arte não progride? Se nossa maior cantora hoje não escreve musicas sobre sociedade, politica e religião, como faziam Renato Russo, Humberto Gessinger, Cazuza e etc.? Eles não mudaram o mundo, nem o pais, mas devem de ter aberto os olhos de muita gente. Na ditadura, quando havia algo palpável a qual lutar contra, a arte se manifestou como uma potente arma a favor da liberdade. Mas hoje as pessoas simplesmente esqueceram que ainda não somos livres, se conformaram; e os artistas, limitados, não tocam os corações revolucionários, não abrem os olhos de ninguém. Ao contrario, são refúgio dos oprimidos, embriagando aqueles que querem esquecer da sociedade em que vivem. Conseguem fazê-lo durante o show, mas na volta pra casa são assaltados. Isso vale alguma coisa? Se vale, ou quanto vale, eu não sei, só sei que tem gente ficando rica com isso.

domingo, 10 de outubro de 2010

"Nos apoiamos nos ombros dos que vieram antes"*

Há criação completa? Se eu criar um texto, não criarei as palavras - e se criar, que letras usarei? Se eu esculpir uma forma nova, dificilmente ela não terá algum formato conhecido em alguma região sua - uma esfera por exemplo, sem falar no material. Então, sendo assim não há criação completa, não para o homem.

Mas é claro que não é desculpa para tamanha falta de criatividade no cenário musical dos últimos anos.


*Provérbio inglês.

sábado, 7 de agosto de 2010

A importância do planejamento

Não existe ação bem feita sem planejamento. Mesmo que seja aquele pensamento rápido "vou fazer isso, isso, aquilo...", mas é um tipo de planejamento.

Planejar reduz riscos. Se calculas o material necessário, diminui o risco de faltar alguma coisa; se planejas bem os horários, dificilmente ficará sem tempo; se botar em um papel o que tem que fazer na semana, esquecerá mais dificilmente; se planejar um tempo dedicado a alguma coisa, raramente a deixará de lado pelos acontecimentos rotineiros. Foi o que eu fiz, uma planilha com os dias da semana e os horários que eu tenho de me dedicar a cada coisa, inclusive ao blog, se funcionar, o visível abandono do mesmo será superado.

Mas eu sei que vai. Por que? Porque planejar otimiza o tempo. Se antes o tempo era dividido empíricamente, agora eu tenho uma planilha de controle a seguir. Se eu não levar a sério, aí o problema é outro. Além disso tem-se um rumo predeterminado. Sei o que fazer, e quando fazer. Agora como eu vou fazer, só fazendo outro planejamento.

sábado, 31 de julho de 2010

Erick Clapton - Layla



Download albúm original:

Layla And Other Assorted Love Songs - 1970



Download da música ao vivo:

Eric Clapton - Layla (Madison Square Garden 1999)

Download da música versão acústica:




Versão da música original em estúdio:

Eric Clapton - Layla


Fica aí a dica...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Poemas e poesia e baitolagens afins...

Li agora pouco um poema que uma amiga mandara via emeiou. Era lindo, impregnado de sentimentos, coerente com a apnéia de vida que é a própria vida moderna. Literalmente falando era ótimo, muito bem feito, estruturado e organizado, uma obra de arte.


Não entendi bulhufas. Cada palavra... Parei no lascivo. Procurei no dicionário. Lascivo = lúbrico. Perguntei pro Aurélio de novo. Lúbrico = lascivo. "É melhor parar no lascivo mesmo..."

Agora só me resta dizer que era um belo poema.

Mas báá...

Essa doeu. (Tché, dou eu...) Enfim...

Estava lendo Triste Fim de Poliquarpo Quaresma quando li este trecho:

"Muitas vezes nos enganamos sobre nossas próprias forças e capacidades; sonhamos ser Shakespeare e saímos Mal das Vinhas."

Bá. Essa doeu (Tché...)

Escrever... Dá uma preguiiiiiiça...

Ai ai.

Não é segredo para ninguém que meu sonho, não, a única coisa que eu aceito fazer na vida é escrever. Livros, Gibis, e um blog pra falar o que eu quiser sobre o que eu quiser. Detalhe, da música eu já desisti, só um hobbie, nada mais. Porém toda vez que eu penso em escrever alguma coisa, é sempre no futuro. "Um dia eu vou escrever um livro assim, assim, assado...".

Pior que as idéias (aliás, Ideias, caiu o assento) são boas. Capacidade eu tenho (afinal eu escrevo pra mim, e eu gosto do que escrevo [mentira, a maioria eu odeio]) mas porque eu não sento e faço o que tem de ser feito?


Eu sempre boto desculpas nas provas, nos trabalhos, no canssaço (puts, que erro grotesco) mas na real, eu não mereço a glória. Meus pais não querem que eu faça letras, e sim alguma engenharia... e pra mim não importa qual. Eles tem razão, eu não mereço a literatura. Amo-a, mas um amor platônico. Pelo menos por enquanto.

Agradeço desde já a minha atenção.

Ainda to vivo

sábado, 24 de outubro de 2009

Literatura (ou algo do tipo) brasileira

Por Guilherme Bonassa


Idioma

No Brasil a língua mais falada é a Língua Brasileira, uma língua onde o sujeito só se fode, o objeto é frequentemente roubado e os vícios de linguagens (assim como todos os outros vícios) são permitidos.

Ditados pops

Na língua brasileira há muitos ditados pops, que podem ser ditados populares atualizados, como “para tudo na vida, há uma taxa de imposto” ou novas criações poéticas como “na sua boca eu viro fruta, chupa que é de uva, chupa que é de uva”

Academia Brasileira de Letras

É uma homenagem aos escritores que contribuíram para a literatura brasileira. É a única homenagem que para receber, o homenageado precisa se candidatar. Mas o pior não é isso, o foda é ter que aguentar as piadinhas como “academia brasileira de letras é o lugar que os escritores vão ficar saradões” ou “embora fazia parte da academia brasileira de letras Ruy Barbosa era gordo pra caramba”.

Lingua Portuguesa

No Brasil também fala-se o Português, no entanto é uma lingua que poucos entendem e quem não entende critica. No entanto esta é uma língua em desuso, por exemplo, muitas pessoas procuram cursos de Inglês, sem ao menos falar o Português.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Frases do Messenger

Quando você tá lá de bobeira no MSN, sem ter o que fazer, olhando de vez em quando para ver se tem algo bom, às vezes você se depara com cada mensagem pessoal de rolar de rir.

1. Fantasia sexual é que nem cheiro de cocô: a gente só acha normal quando é da gente.

2. Inglêiz eu não sei, maiz heim portuguêiz eu çôu fera

3. O mundo precisa de mais gênios humildes! Hoje em dia somos poucos…

4. É melhor duas abelhas voando do que uma na mão

5. Se você não pode ajudar, atrapalhe! O importante é participar!

6. Macho que é macho pega mulher feia; porque mulher bonita todo mundo quer pegar!

7. Onde quer que você esteja, você sempre estará lá!

8. A humanidade está perdendo seus maiores gênios… Aristóteles faleceu, Newton bateu as botas, Einstein morreu, e eu não estou passando muito bem hoje

9. Quando alguém lhe chamar de gordo não ligue, você é maior que tudo isso

10. Quando um não quer, dois não brigam, mas um apanha

11. Mulher de amigo meu é que nem travesseiro: só ponho a cabeça.

12. Nas horas difíceis da vida, você deve levantar a cabeça, estufar o peito e dizer de boca cheia: Agora fudeu!!!

13. Existem duas maneiras de tratar as mulheres. Até hoje ninguém descobriu quais são.

14. 12 de junho é o dia dos namorados; os outros 364 são nossos….

15. Quem cedo madruga passa o dia com sono.

16. Extra! Extra! Gêmeo tenta se suicidar e mata o irmão por engano.

17. Canela: dispositivo para se encontrar móveis no escuro

18. Evite acidentes. Faça de propósito

19. O que o instrutor da escola de kamikazes disse para os alunos? -Prestem atenção que vou fazer só uma vez.

20. É chato ser bonito. Mas é muito mais chato ser feio.

21. Se você sorri, eu dou risada com você, se você chora, eu choro com você, se você se joga de baixo de um ônibus vou sentir sua falta.

22. Os velhos costumam dar conselhos porque já perderam a capacidade de dar maus exemplos.

23. Se um dia te der vontade de trabalhar, sente-se e espere que logo passa.

24. A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer

25. Afogamento é uma coisa que deixa a gente com água na boca

26. Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que por enquanto, ainda não há terra em cima

27. Se alguém lhe jogar uma pedra, mostre que você é diferente, jogue um tijolo!

28. Eu queria morrer igual ao meu avô, dormindo bem tranquilo… e não gritando desesperadamente, como os 40 passageiros do ônibus que ele dirigia

29. Deus dai me paciência para aguentar meu chefe, porque se me der força eu bato nele!

30. O amor é como capim: você planta, ele cresce… aí vem uma vaca e acaba com tudo!

Mas eu não me esqueço dessa: “Na roça, cana dá pinga. Na cidade, pinga dá cana”. É meus caros, filosofar é para poucos…

Os textos que não tem o nome do autor/fonte, são de minha própria autoria. (Guilherme Bonassa)

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